segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Amigo é:

Amigo é:

Amigo é um cara que está sempre contigo;
que te entende;
quer saber dos teus problemas;
se preocupa com o seu bem-estar;
deseja estar contigo nos melhores e piores momentos.

Resumindo:
Amigo é coisa de viado!
Vamos beber, porra!

(lindíssimo depoimento enviado a um... ahn... outra palavra que não "amigo")

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Como ser culturalmente desagradável (resumo)

Pombas, o texto original ficou longo pra caramba...

Enfim, se você não vai ler toda a minha dissertação sobre como encher o saco dos outros, vai aí o resumo:

Na cultura grega era Hélios que dirigia a carroça solar, não Apolo; no mito original da Guerra de Tróia, Aquiles morre com um golpe de lança no cotovel, nada de calcanhar; o material mais forte conhecido não é o diamante nem o irídio, mas uma porcaria chamada "fulereno", principalmente o no formato de tubo, o que não passa de uma molécula gigante de carbono. (mais informações ou se vira na internet ou lê o texto todo, dane-se)

Fim! É que eu achei essas coisas tão legais e desconhecidas que, bem, eu tinha que compartilhar de alguma maneira e ser desagradável ao mesmo tempo! Tem também uma coisa sobre a Segunda Guerra que eu não coloquei e... ei, espere, não vá embora! Saco...

Como ser culturalmente desagradável

Convenhamos, todos gostam de ser desgradável. Eu não digo desagradável do tipo que fede ou que não percebe que não deixa ninguém mais falar, mas desagradável do tipo que sabe que está sendo desagradável, que é desagradável de propósito, que gosta de ver no rosto das pessoas a expressão "que pessoa desagradável". Enfim, se você não gosta de ser desagradável, acha esse tipo de intenção desagradável e a repetição da palavra "desagradável" desagradável, enfim, dane-se, o blog é meu. Vamos ao ponto em que quero chegar.

Ser desagradável, sem ser um babaca, é uma arte que... enfim, me expressei mal. Ser desagradável, sendo um babaca, mas ainda pagar uma de superior e alimentar seu ego doente é uma arte. A melhor forma de fazer isso é sendo culturalmente desagradável. Como? Enfim, sabe aquela pessoa que fica te corrigindo em tudo que você fala errado? Pois é, ela não é desagradável, você quem fala errado. Sabe aquela outra que entende de tudo, para todo assunto tem uma aula, e nunca deixa dúvida no ar mesmo que você não a queira respondida? Pois então, essa pessoa é inteligente, não desagradável, e você provavelmente é o tipo de burro que permite a existência de gente assim. E aquela outra pessoa que quando você quer ver um joguinho de futebol e fica arbitrando no lugar do árbitro, 'tecnicando' no lugar do técnico e falando a biografia do jogador? Essa é do tipo estupidamente desagradável, mas não tem nada de 'culturalmente' nisto. Enfim, o que é ser culturalmente desagradável!?

Direto ao ponto. É aquela pessoa que procura ou descobre coisas, realidades científicas ou históricas, que são diferentes do senso comum e empurra o assunto para o que descobriu, fazendo você dizer a coisa errada apenas para te corrigir ou começando uma frase com o "Sabia que...?". Mas a real arte deste tipo de atitude desagradável é a seguinte: jogar para este assunto, induzindo a pessoa ao erro, sem ela perceber que você está sendo um cretino OU pegar alguma pessoa aculturada e um assunto tido como inteligente, mas com alguma pegadinha escondida, e "ensiná-la" o correto, especialmente quando a sua correção é o tipo de detalhe desnecessário que muitos professores do tema nem conheceriam.

Enfim, alguns exemplos cretinos das duas possibilidades:

Pegue uma pessoa popularmente conhecida por sua cultura e acerte-a com a seguinte pergunta-armadilha: "Qual deus dirigia a carroça do Sol na mitologia grega?". Se a pessoa que você pegou tem realmente algum nível de cultura elevado irá responder Apolo. Pimba, no alvo (sim, a Disney mentiu para você)! Diga para ela que está errada e saliente que sua pergunta é arrepeito da cultura grega, não romana. A pessoa não entenderá onde quer chegar pois geralmente a cultura grega e romana estão associadas em greco-romana. Enfim, meu momento desagradável:

Na cultura grega original a entidade divina responsável por dirigir a tal carroça é Hélios, o deus homenageado pelo famoso Colosso de Rhodes, e não Apolo. Explique que apesar de Apolo representar a luz solar, é Hélios que representava o Sol em si, como deus-sol, por assim dizer. Agora para sagrar-se como cretino, explique de onde vem o erro! O erro está exatamente na associação da cultura grega com a romana. Você sabe que os romanos alteraram o nome dos deuses gregos, correto? Tipo, Zeus para Júpiter, Poseidon para Netuno, Hades para Plutão, Apolo para Febo e Hélios para Apolo! Isso mesmo! O nome "Apolo" foi trocado de deus na mitologia romana! É como se o Zé passasse a se chamar João e o Pedro, então, de João. O nome foi trocado, mas a divindade não. Por mais que Apolo puxe a corraça na mitologia romana, este Apolo não é o deus que você associa com a mitologia grega. Você não sabia disso, aposto. Assim como também não sabia que Aquiles na mitologia original morre com um golpe de lança no cotovelo e nunca foi definido como invulnerável. O "calcanha de Aquiles" surgiu apenas no século I, alterando a lenda grega original.

Fui chato, não? Escrevo pra caramba, eu sei, e fico martelando em temas que não fazem mais diferença hoje em dia, como mitologia grega (mas aposto que se você se achava conhecedor dela não sabia das coisas que falei). Mas, calma, não terminei ainda! Há a outra forma de ser desagradável ainda, a de empurrar um assunto aparentemente comum para uma armadilha desagradávelmente cultural, e sem voltar milhares de anos no passado!

Comece falando de dinheiro de alguma maneira (tema recorrente, ahn?). Enfim, fale alguma coisa de ser rico de repente, loteria, sei lá. Puxe o assunto para valor em ouro, vá para preciosidades como pedras e etc, enfim, chegue no diamante! Daí lance a pergunta malévola do tipo "vocês sabem qual é o material mais duro conhecido, não sabem?". Alguém provavelmente dirá o tido como óbvio: diamante. Errado! Alguém mais avançado poderia dizer o irídio, elemento mais duro conhecido, também errado! Ao material mais duro conhecido é o, se preparem para a palavra que fará as pessoas te acharem desagradável, fulerenooooo (com um 'o' só)! Claro que nenhum ser humado sádio, que não seja químico ou físico experiente, sabe o que diabos é um fulereno maaaas, se você leu até aqui, não é sádio, então vamos continuas. Ninguém entende patavinas por fulereno, então diga inocentemente que é particularmente o fulereno conhecido por tubos de Bucky (buckytubes), ou simplesmente nanotubos de carbono. Por nanotubo de carbono alguém já deve entender. Se você fez colegial deve saber que o diamente é feito de carbono e o que o torna tão forte é o formato da molécula, pois bem, mesmo caso são os fulerenos; também são de carbono, mas combinados em uma molécula MUITO forte (acredita-se a mais forte possível).

Pois bem, você teve a sua dose de cultura inútil de hoje e eu já fui culturalmente desagradável o suficiente em um longo e tedioso texto só. Agora só imaginem tudo isso sendo contado numa mesa de bar para um grupo de pessoas que querem que você, seu jeito desagradável e sua cultura inútil se explodam. Ha, ha, ha, a vida pode ser tão desagradável... PARA OS OUTROS! Claro, e mais divertida para voicê também.

Fulerenos... eu vi isso na tv hoje. Eu mesmo me daria um soco na cara por isso! E essa do Apolo, então... porra, que merda, tipo, foda-se!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Planeta distante

Um planeta distante parece tão mais belo... até você chegar lá e ser destroçado por uma gravidade aumentada, ventos sulforosos e variações térmicas exorbitantes.
Enfim, todo mundo é como a Terra.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

AK-47-7-7

Quando eu crescer quero ser vietcongue.
Quero lutar no sudeste asiático,
me esconder num buraco,
e atirar minha AK-47-7-7.

Só para radicalizar vou atirar no Ho Chi Minh,
porque não sou de esquerda ou direita,
e mostra que o mundo tem mais com o que se preocupar.

Enquanto uns morrem de fome,
a velha direita ainda briga com a velha esquerda,
fazendo "política",
e ninguém mais lembra do homem com a metralhadora.

O importante não é a guerra, dizem eles;
o importante é a ideologia, dizem eles.
Mas a ideologia que causa as guerras,
e nas guerras morrem os inocentes,
e da ideologia vivem os indecentes.

Outro dia eu elegi um presidente,
e ontem ele desvastou meu país numa guerra.
"Um ideal nunca morre", dizem eles,
mas todos que eu amava, o ideal matou.
Eu queria matar idéias desse tipo.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Quase nem te espero


Quase nem te espero chegar, Tuany Fraga.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Branco, heterossexual, de ficha limpa e discriminado

Hoje, tenho eu a impressão de que o ‘cidadão comum e branco’ é agressivamente discriminado pelas autoridades e pela legislação infraconstitucional, a favor de outros cidadãos, desde que sejam índios, afrodescendentes, homossexuais ou se auto-declarem pertencentes a minorias submetidas a possíveis preconceitos.

Assim é que, se um branco, um índio ou um afrodescendente tiverem a mesma nota em um vestibular, pouco acima da linha de corte para ingresso nas Universidades e as vagas forem limitadas, o branco será excluído, de imediato, a favor de um deles. Em igualdade de condições, o branco é um cidadão inferior e deve ser discriminado, apesar da Lei Maior.

Os índios, que pela Constituição (art. 231) só deveriam ter direito às terras que ocupassem em 5 de outubro de 1988, por lei infraconstitucional passaram a ter direito a terras que ocuparam no passado. Menos de meio milhão de índios brasileiros – não contando os argentinos, bolivianos, paraguaios, uruguaios que pretendem ser beneficiados também – passaram a ser donos de 15% do território nacional, enquanto os outros 183 milhões de habitantes dispõem apenas de 85% dele. Nesta exegese equivocada da Lei Suprema, todos os brasileiros não índios foram discriminados.

Aos ‘quilombolas’, que deveriam ser apenas os descendentes dos participantes de quilombos, e não os afrodescendentes, em geral, que vivem em torno daquelas antigas comunidades, tem sido destinada, tem sido destinada, também, parcela de território consideravelmente maior do que a Constituição permite (art. 68 ADCT), em clara discriminação ao cidadão que não se enquadra nesse conceito.

Os homossexuais obtiveram, do Presidente Lula e da Ministra Dilma Roussef, o direito de ter um congresso financiado por dinheiro público, para realçar as suas tendências, algo que um cidadão comum jamais conseguiria.

Os invasores de terras, que violentam, diariamente, a Constituição, vão passar a ter aposentadoria, num reconhecimento explícito de que o governo considera, mais que legítima, meritória a conduta consistente em agredir o direito. Trata-se de clara discriminação em relação ao cidadão comum, desempregado, que não tem este ‘privilégio’, porque cumpre a lei.
Desertores e assassinos, que, no passado, participaram da guerrilha, garantem a seus descendentes polpudas indenizações, pagas pelos contribuintes brasileiros. Está, hoje, em torno de 4 bilhões de reais o que é retirado dos pagadores de tributos para ‘ressarcir’ àqueles que resolveram pegar em armas contra o governo militar ou se disseram perseguidos.
E são tantas as discriminações, que é de se perguntar: de que vale o inciso IV do art. 3º da Lei Suprema?

Como modesto advogado, cidadão comum e branco, sinto-me discriminado e cada vez com menos espaço, nesta terra de castas e privilégios.

por Ives Gandra da Silva Martins