sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Arte vulga

Detesto quem toca violão sobre uma de suas pernas levantada, geralmente sobre uma cadeira, de corpo curvado e cabeça baixa observando os próprios dedos dedilharem nota por nota uma melodia lenta, como se dissesse “sou artista” e “aprecie minha arte”.

Gosto de quem toca bípedemente em pé, com aquele vaso de madeira dependurado no corpo, tocando sons avulsos e desafinados, enquanto a boca berra uma música ruim e de gosto duvidoso.

Gosto da música não como algo bonito, “para que me olhem”, mas da expressão máxima de um desajustado que faz da arte, vulga, como a nossa própria vida.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Um sábado qualquer





Pronto! Achei um autor de tirinhas que eu gostei mais do que o Allan Sieber!
Demais da conta de supimpa! Todas piadas com sacadinhas a respeito de deus, religião, bíblia, existencialismo, etc. Vale a pena conferir.

sábado, 31 de outubro de 2009

Desejos meus que você nunca irá entender

-Um dia terei uma banda chamada “Ursos que mentem”.


Pronto, este é o único.

Êeee! Poeta maldito!!!

O sangue que escorre de teu rosto,
escorre de uma ferida aberta e enegrece,
necrosa, leva teu rosto.
Maqueia tua face como a face do demônio,
faz de ti títere da própria maldade,
tortura, destrói, adorna de chagas.

Estás perdido.
Teu rosto agora já jaz enterrado,
perdido num espelho em algum lugar quebrado,
e feriu, e sangrou, e apodreceu.
Tu és morte, dor e sofrimento.
Hoje tu és o cadáver,
fantoche da própria morte.

E quando achar que nada resta,
tudo já se encontra putrefato,
ainda resta o que se decompor:
a tua memória que o tempo tomou.
Tu és morto, rapaz.
O que é teu, agora é dos vermes.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A ética de Lula

Texto super bonitinho que recebi por e-mail, numa apresentação de Power Point.




“O Brasil teve dois presidentes nordestinos: Castello Branco e Lula.
Um era cearense e o outro pernambucano.
Ao ver Lula defendendo seu filho que recebeu R$ 15 milhões da TELEMAR para tocar sua empresa, Élio Gaspári publicou esse história retirada do fundo do baú:
Em 1966 o presidente Castello Branco leu nos jornais que seu irmão, funcionário com cargo na Receita Federal, ganhara um carro Aero Willys, em agradecimento dos colegas funcionários pela ajuda que dera na lei que organizava a carreira...
O presidente Castello Branco telefonou mandando que devolvesse o carro.
O irmão argumentou que se ele devolvesse ficaria desmoralizado em seu cargo.
O presidente Castello Branco interrompeu-o dizendo:
- Meu irmão, afastado do cargo você já está. Estou decidindo agora se você vai preso ou não.
E o Lula ainda alega que neste país não existe ninguém com mais moral e ética do que ele.

Hoje, refletindo a respeito dos efeitos do nada sobre coisa nenhuma, me dei conta de que...
O Brasil é o único país do mundo governado por um analfabeto que assinou uma Reforma Ortográfica;
Um alcoólatra que instituiu uma lei seca e;
Que ainda teve a petulância de pedir a deus para dar inteligência para o Barack Obama, que é formado em Havard...”

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A História do Triste Smile Doente Mental - 9




Cotas raciais

Texto meu extraído do Orkut, da comunidade da UFSC, a respeito de cotas raciais, com o propósito de provar através de números da própria instiuição a ineficácia deste tipo de cota.





Vocês, que defendem as cotas, quem estão falando demais, atribuindo a elas uma mentira e ignorando os números.

Em primeiríssimo lugar. "Cotas raciais são uma forma de inclusão social"... MENTIRA! Cotas sociais são formas de inclusão sociais! Cotas raciais são formas de inclusão racial! Por que não pegamos todas as vagas oferecidas para negros e transformamos e Cotas Sociais? Eu seria a favor. Ninguém aqui negou ou pediu a redução das Cotas Sociais, pois, essas sim, são uma boa medida temporária de inclusão dos estudantes de escola pública.

Agora, para mostrar porque sou contra as cotas raciais, eis aqui alguns números da própria UFSC, disponíveis em seu site, do vestibular do ano passado que não sei se muitos se interessaram em ver.

Vou pegar como base o curso que pretendo: Jornalismo.

Acertos do primeiro e último candidato aprovado
Não optantes: 84.60 / 66.82
Escola Pública: 70.89 / 54.15
Negros: 53.75 / 45.17

Observem que a melhor pontuação feita por um cotista negro NÃO É O SUFICIENTE NEM PARA PASSAR NA COTA DE ESCOLA PÚBLICA! Imagina aquele sujeito pobre, porém não negro, que fez o que pôde e tirou exatamente 50. Então, seu colega, que estudou nas mesmas condições que ele, tema a mesma renda, tira 45.17 e é aprovado apenas por ser negro! Isso é inclusão social? Vocês vêm falar dos "filhinhos de papai" que são prejudicados, mas ignoram os casos de estudantes pobres que, apenas por não serem negros, também perdem vagas para candidatos com notas inferiores as suas! Pergunto... ISSO É INCLUSÃO SOCIAL!?!?



Acharam pouco? Insuficiente apenas esses números? Pois a realidade nos mostra números ainda piores! Vejamos a relação candidato/vaga!

O curso de Jornalismo, por exemplo, oferece 60 vagas. Descontando as 6 vagas para negros e as 12 vagas para escola pública e tendo em vista que índio algum se inscreveu, temos no total 42 vagas. Fica assim

Relação Candidato/vaga
Não optantes: 544 / 42 = 12.95 c/v
Escola Pública: 137 / 12 = 11.42 c/v
Negros: 24 / 6 = 4.00 c/v

O que se conclui disso? Apesar de um candidato proveniente de escola pública precisar fazer menos pontos que um não optante, a concorrência para ele continua alta. Mas e para o negro? Além de já não precisar acertar metade da prova como mostre anteriormente, sua concorrência por vaga é um terço da dos não optantes e estudantes de escola pública!

Se isso ainda não te chocou, esse foi o caso do Jornalismo. Olhe só agora a seguinte lista de cursos:

-Agronomia
-Artes Cênicas
-Biblioteconomia
-Ciência e Tecnologia Agroalimentar
-Ciências Econômicas (Noturno)
-Ciências Sociais (Noturno)
-Design de Produto
-Engenharia de Alimentos
-Engenharia de Agricultura
-Engenharia de Materiais
-Física (Bacharelato)
-Física (Licenciatura)
-Geografia (Diurno)
-Letras: Língua Alemã
-Letras: Língua Espanhola
-Letras: Língua Francesa
-Letras: Língua Italiana
-Letras: Língua Portuguesa
-Letras: Língua Portuguesa (Noturno)
-Matemática (Noturno)
-Matemática (Diurno)
-Matemática e Computação Científica

Sabe o que todos estes 25 cursos têm em comum em relação às cotas raciais? TODOS tiveram uma relação candidato/vaga inferior a 1! Sabe o que significa? O candidato negro que se inscreveu para esse curso praticamente saiu aprovado no momento da inscrição! Ele não teve concorrência alguma! Em teoria pode ter tirado 0 na prova, mas foi aprovado!

E isso são os dados apenas de 2009! Se forem ver os de 2008 é ainda mais horripilante! Quer um exemplo?
Em 2008 TODAS, repito, TODAS as engenharias tiveram relação candidato/vaga de negros inferior a 1! Mesmo as mais concorridas, Engenharia Mecânica e Química, tiveram para cotistas negros uma relação candidato/vaga inferior a 1!!! Aquele pobre bastardo, de escola pública ou não, que rachou o coco de estudar para tentar se formar Engenheiro, perdeu uma vaga que poderia ser sua para um cotista racial que pode não ter acertado nem um terço da prova!

Agora pergunto para vocês, defensores das cotas raciais:Após estes dados, todos oferecidos abertamente pela própria UFSC, está passando quem merece, quem estuda?
Creio eu que a realidade nos dá uma resposta definitiva.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Alquimia

Então, cá estamos nós,
o doce virando sal,
um sal amargo que agride o paladar,
gerando ânsia a sós.

Então todas as promessas fracassam,
todas as afirmações viram mentiras,
o que era sonho torna-se pesadelo,
e as ilusões, assim se concretizam.

Já se mostram os danos que não mais se reparam,
as feridas que novamente sangram,
o mundo adorna-se de sofrimento,
o amor necrosa!

O trabalho feito torna-se perdido,
todo aquele esforço, suor escorrido,
adere à tua pele e fede.

Eis a vida e o tempo em mão única,
assim também é a paixão infecciosa,
que passa, nos abandona e vai embora.

Os rostos unidos no retrato,
que eu agora tiro do meu quarto,
mais uma parte de mim que eu mato.

domingo, 25 de outubro de 2009

Qual é a graça?

Qual é a graça?
Tem que ter alguém rindo com isso,
mas se não vejo ninguém assim,
qual é a graça?

Só você sabe ler os versos que não escrevo,
aqueles únicos que realmente sinto.
Só você sabe onde me encontro quando sumo,
e onde vou reaparecer.

E eu quero entender a piada.
É tudo muito bem feito, é tudo muito engraçado,
mas eu não consigo entender,
e eu quero rir desta piada.

É tanto bom humor.
Alguém faz lírica com a nossa dor,
e outro já escreve a paródia.

E qual é a graça?
Quem é que escreve essas coisas?
Quem for, me conte a piada.

Eu só queria entender,
por que é que parece que tem graça,
nossos sorrisos pendurados na parede da minha casa.

sábado, 24 de outubro de 2009

Fantasma

Fantasma,
convidou-me a sentar do teu lado,
lado teu, que por espectro, não existe,
mas que ainda anseio em minha memória.

Fantasma,
disse-me as palavras que quero ouvir,
palavras que, na real boca, não mais se fala,
mas que ainda ouço em minha memória.

Fantasma,
que ao imaginar sua presença embalou meu sono,
e ao notar tua ausência acordou-me de meu sonho,
e eu, na noite, solitário em minha memória.

Fantasma,
fantasmas não existem,
são ilusões do passado,
são fantasmas em minha memória.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Reciclagem

Comecei agora um processo de reciclagem literária. Muitas vezes eu escrevo algumas frases em alguns textos que não ficam bem no conjunto. Vou começar a tentar pegar essas frases, ou idéias, chame como quiser, e reescrevê-las noutros textos, tentando melhor encaixá-las e produzir uma obra melhor.

Aqui tenho alguns versos de dois textos que, no todo, não gostei. Tentarei reaproveitá-los melhor, mas, enquanto isso, já ficam por aqui. Provavelmente quem os lê-los agora, os lerão novamente no futuro, mas sem garantias. O que sentia quando os escrevi já não da mesma forma sinto agora e vai saber daqui para frente.


(...)
E tuas mãos ágoras soltas,
com tanto espaço por entre teus dedos,
que pelos meus não mais é preenchido.
Toda vez agora tarde da noite,
o silêncio da ausência de um desejo,
seja de um bem durmas,
de juras de um amor desfeito.
Com quem teus olhos agora cruzará?
Passará pelo vácuo, morto no espaço,
ou criará em mim a inveja insone?
(...)
----------------------------------------------
(...)
Então todas as promessas fracassam,
todas as afirmações viram mentiras,
o que era sonho torna-se negro,
e as ilusões, assim se concretizam.
Já se mostram os danos que não se reparam,
as feridas que novamente sangram,
o mundo adorna-se de choramingos,
o amor necrosa.
(...)
Os rostos unidos no retrato,
que eu agora tido do meu quarto,
mais uma parte de mim que eu mato.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Mundo pequeno, para homens pequenos. Mundo grande...

Hoje eu tinha algo para escrever aqui, algo ruim. Mas não, não vou. Mudei de idéia. Não vou mais catalogar o que for ruim. Vou ocupar-me mais com o que eu puder tirar proveito e, quem sabe assim, auxiliando-me em melhor aproveitar o que tenho de bom e onde ainda posso, e devo, melhorar.

Eu sei que o mundo é grande, mas não infinito; que as chances são muitas e que sempre há várias maneiras de chegarmos onde queremos estar. Às vezes tentamos da forma errada, ou nem bem tentamos. Às vezes nos perdemos, não aprendemos e, por conseqüência, não vivemos. Às vezes, mas não sempre. “Ou eu mudo ou eu morro”. Não é algo pessimista, não é algo ruim. É algo invariável, inerente, irreversível. É a reação nuclear que nos leva a explodir e, cabe a você, destinar toda estar energia contra os teus demônios e as muralhas de pedra que o limitam.

A cada dia se envelhece, mas em nem todos se cresce. Crescer, para isto, não tem idade. Não se tem tempo, mas cuidado com o que se traduz pela expressão “tarde demais”. Não perca a hora da própria vida. O tempo que duraria a viagem lhe passará indiferente, mas quando já deverias tu estar em teu destino e não estiver, você irá se arrepender por não ter acordado mais cedo aquele dia ou ter saído mesmo com o cabelo desarrumado.

Sempre espere, sempre espere, errar. Mas cuidado com o número de erros, alguns deles poderiam ter sido evitados e você poderia pagar menos por eles.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

As vezes você sabe quando está derrotado


Não, eu não sou muito bom com desenho à mão e nem sei usar programa algum para melhorar uma imagem 'scanneada'. Mas, bem, fazer no paint daria muito mais trabalho!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Você sabe como é?
Andar, correr sua vida?
Não ser convidado para embarcar com Noé,
esperar pelo dilúvio.

Você entende?
Entende que toda chuva pode ser aquela,
que virá afogar-te em sua enxurrada,
que virá lavar o mundo de tua presença?

Não, não conhece.
Não conhece o pavor desta água fria.
Quem a manda contra ti?
Afoga-te!

Porque os que viram tua pessoa,
não viram-te o choro,
não viram o sal cair de teus olhos.

Fizeste em tudo uma postura,
esperando acertar em ser aceito,
esperando não virar quem és.

Que escolha tiveste?
Que mal fez?
Viva-te a culpa.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Que tanto sofrem as mulheres,
que vivem neste mundo um papel,
um papel criado pelo homem,
neste mundo masculino.
Um papel de mulher,
não de ser humano,
do sexo feminino.
Que coitadas, justas ingratas,
sendo as damas de cavalheiro algum,
mas ainda a dama,
por decreto.
Não entendem, os homens, porque,
porque estas se aproximam dos cafajestes,
enquanto estes seguem suas flores,
gentílico de puta.
Cá eu, não entendo,
o que ser humano algum,
atrai-se pela vulgaridade.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

10 informações inúteis para se dizer bêbado

Sejamos francos, todos nós gostamos mais da cultura inútil do que da útil. As coisas mais curiosas e divertidas de se saber, realmente, não prestam para nada. Você não será uma pessoa mais culta, não fará nenhum exame com essas perguntas e nem um maluco vai saltar armado dizendo "eu te mato se você não me disser algo estúpido e intrigante". Em outras palavras, a cultura inútil é perfeita para ser papo de bêbado! Da próxima vez que você estiver com seus camaradas de copo, podrão de bêbado, diga uma dessas coisas e seja O CHATO da turma, aquele que bebe e acha que virou Barsa! Uhul!!!


1- O Tetris já foi segredo de estado. Foi criado na antiga União Soviética como forma de testar a inteligência artificial de computadores.

2- Durante a Segunda Grande Guerra os alemães falsificaram cédulas inglesas para desestabilizar a economia da nação bretã. A única forma de diferenciar as falsas das verdadeiras era a perninha do "A" torta, defeito da prensa britânica, detalhe não notado e corrigido pelos alemães.

3- O Modelo T, primeiro carro de Henry Ford, eram todos pretos por ser a tinta que secava mais rápido.

4- A maior movimentação de terra da história da humanidade foi a construção do Canal do Panamá, a segunda será sua expansão.

5- Se possível fosse dobrar uma folha de papel ao meio 51 vezes em sucessão, a espessura resultante seria maior que a distância da Terra ao Sol.

6- Muitos anos atrás acreditava-se que a pólvora era venenosa e a única forma de tratar ferimentos de bala era derramando óleo fervente sobre este. (gostoooso!)

7- A primeiríssima máquina a vapor foi feita na Grécia, por Heron de Alexandria, 50 anos a mais ou a menos do nascimento de Cristo. O primeiro veículo automotivo, por Leonardo da Vinci (semelhante a um carrinho de corda, mas em escala real).

8- Engenheiros atuais fizeram réplicas exatas do avião dos irmãos Wright e do 14-Bis de Santos-Dumont. O 14-Bis voou, o dos irmãos Wright, não.

9- 3% do chuvisco em uma televisão fora do ar é eco estelar resultante de grandes explosões no universo, como uma super nova e o Big Bang (14 bilhões de anos depois).

10- Estudo científico feito no Reino Unido mostrou que pessoas de Q.I. mais elevado costumam preferir o rock a demais estilos de músicas mais populares. Isso se deve, principalmente, pelos diferentes assuntos abrangidos pelo estilo enquanto que, majoritariamente, os estilos mais populares falam somente de relacionamento, amoroso ou sexual.

Boa sorte e arrebente no bar, só cuidado para não arrebentarem você!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Uma palavra pode ser dita,
uma palavra pode ser escrita,
uma palavra pode ser ouvida,
e mesmo assim permanecer incompreendida.

Um texto pode estar impresso,
um texto pode estar em sua mente,
um texto pode abster de significado,
um texto pode não conter mensagem.

Eu posso querer dizer nada,
ou posso não querer dizer tudo.
Eu posso me fazer de mudo,
caso não, você de surdo.

Pode ser em verso, prosa,
posso dissertar a respeito do dicionário,
e permanecer oco de conteúdo.

Pode-se discursar, pode-se proclamar,
reze,
isso não exprime comunicação.

Para nem toda frase há um ouvinte,
nem em toda voz há um locutor.
Eu posso querer não dizer nada.

Grandes eventos, grandes vergonha

A nova onda agora é grandes eventos esportivos no Brasil. Começou com o Panamericano passado e agora tenta-se uma Olimpíada e uma Copa do Mundo. Legal, bacana, promover o Brasil... Para quê?

Promover por meio de festa, de um sentimento ufanista falso, o país da mentira? Ver nosso exímio presidente Mula dizendo que o Brasil está pronto para isso e para aquilo? Para o quê, exatamente? Pro futuro? Que futuro? O Brasil não está pronto nem para o presente, quanto mais para o futuro.

Toda essa lengalenga de Olimpíadas e Copa do Mundo não serve ao Brasil de nada. O que ganhamos com os olhos do mundo voltados para nós? Mais investimento, atenção, cadeira na ONU? Tudo isso para quê? Investimentos, dinheiro, já temos agora e, no entanto, no que se investe? Saúde, educação, transporte? Como se combate a pobreza aqui? O Brasil está pronto para o “futuro”!? Em 2014 teremos estádios modernos, beleza, mas bilhões serão gastos nessa banalidade e muitos continuarão pobres, miseráveis, famintos, desempregados e marginalizados. “Melhoraremos o sistema de transporte público”. Sério? E precisa de Copa para isso? Quer dizer, sem Copa, fica como está?

Eu me lembro, ainda me lembro, do hiper-faturamento que as obras para o Pan do Rio de Janeiro tiveram. Investiu-se milhões para a realização do evento com a desculpa do legado em infra-estrutura que seria deixado para a cidade. Pois bem, cadê o tal legado? A cidade continua com problemas de transporte, continua cheia de favelas e o crime galopa cada vez mais. Não se tem um décimo do ânimo em erradicar a marginalização na cidade como se tem para fazer uma droga de evento esportivo para a promoção da face-limpa do Brasil. Com certeza se todos aqueles milhões gastos para Panamericano tivessem sido usado no processo de urbanização da favela ou em investimentos no combate ao narcotráfico, a cidade carioca estaria muito melhor hoje.

Agora surge o Rio de Janeiro para as Olimpíadas. Uma quantia MUITO maior de dinheiro será pulverizada na realização dessa nova empreitada promocional. Um super-faturamento ainda maior, uma encheção de saco ainda maior e muito mais dinheiro sendo usado para fazer gringo feliz de ver bunda no Brasil em vez de educar essa massa de ignorantes que habita o país. De onde o governo tira tanta verba para por em Olimpíadas que não existe para por em saúde e educação? E, uau, cadê o tal legado do Panamericano agora?

Mas o mais interessante de todos é a Copa do Mundo em 2014. Estimasse que custará 11 bilhões, isso mesmo, 11 bilhões! E sabe o que é mais engraçado? É uma piada! Só um Panzinho a toa custou 4, isso mesmo, 4 bilhões! Se um Pan, um evento continental, sugou 4 bilhões, sendo desses 4, 1 ninguém sabe para onde foi, o que dizer de uma Olimpíada, que é global, e de uma Copa do Mundo, maior evento esportivo de nossa era!?

Ainda não há estimativas para o custo das Olimpíadas no Rio em 2016, mas, vamos supor, com o Pan em 4 bilhões e a Copa em 11, a Olimpíada fica no meio aproximadamente 8 bilhões. Soma-se tudo e tem-se 23 bilhões. Vinte e três bilhões retirados do além por um governo que alega faltar verba para aprimorar a saúde, educação e segurança pública.

Agora me diga você, brasileiro médio, em que esses 23 bilhões vão te beneficiar? Você vai ver mais criança na escola? Menos fila no hospital? Sem-teto virar com-teto? Diminuição da criminalidade? Desenvolvimento econômico? Não, nada. O que você vai é a bandeira verde e amarela continuar sendo estuprada e exposta como um país alegre e contente, mas com a população pobre e sem dente.

Vergonha. Sinto vergonha. Tenho vergonha do Panamericano 2007, tenho vergonha da Copa do Mundo 2014 e tenho vergonha das Olimpíadas 2016. Tenho vergonha de bilhões serem gastos em diversão e brincadeira e não em saúde e educação. Tenho vergonha dessa população, desculpe, imbecil que se levante e bate palmas para essas falcatruas. Tenho vergonha de um governo corrupto, extremamente corrupto, que atrai grandes eventos esportivos para manter o status quo de seu comodismo. Sim, eu tenho, muita, muita vergonha de ser brasileiro. Amar meu país não me impede de ligar a TV, ver o que vejo e pensar “céus, esconde essa bandeira”.

domingo, 13 de setembro de 2009

Estou sentado no escuro no assoalho,
vendo no tempo uma linha de formigas,
carregando os pedaços de minha vida,
para um formigueiro que nem sei a onde é que fica.

Nesses pedaços eu vejo momentos,
mutilados fora de seus dias.
Nesses momentos eu vejo rostos,
mutilados fora de seus corpos.

Eu vejo no fim da fila um buraco fundo,
que os insetos adentram para o fim do mundo,
ampulhando os grãos de minha vida,
vida minha que foi deserto.

Eu me pergunto a onde está você agora.
Por entre alguma das pinças de quitina,
ou escaldando nas areias do meu Saara?

Eu me pergunto o que será de nós agora,
que o desapego desta hora,
assim não muda o que eu sinto agora.

Sou caminho sem destino,
ou Portugal sem caravela,
sou labirinto quando você chora.

O clássico "desculpa de aleijado é muleta"

Quantos brasileiros possuem sonhos ufanistas? Quantos sonham, como eu, com uma fama política, ser sinônimo de honestidade e competência, como se pudesse um dia ser o próximo nome lembrado na história como um dos grandes líderes da humanidade? Quantos mais querem seu legado escrito em livros de história e não em estúpidas revistas que vendem a fama de músicos, cantores, esportistas e modelos vulgares que para nada de real servem para as próximas gerações deste país e do mundo?

Nossas atuais celebridades, ícones no Brasil, são em sua imensa maioria ridículos fetiches sexuais que quase todas as pessoas parecem cobiçar. O sóbrio líder político em seu terno negro e cabelos brancos não parece despertar a atenção de uma mídia promíscua que vende a imagem do corpo, não do homem, perfeito. Faz-nos querer ser como uma top model estúpida ou um charlatão ator e não como um ser humano firme. Enche o coração do brasileiro de obscenidades e não o cativa para a cidadania, gerando esta sociedade burra e estuprada.

Quantos de nós numa multidão orgulha-se de expor em seu peito, seus objetos, a flâmula nacional, ostentando o orgulho por sua pátria, como se lamentasse pela sina daqueles que aqui não nasceram. Utopia minha isto seria se não fosse o que é visto em países consagradamente bem-sucedidos.

O brasileiro médio ri e condena-se ao rir de “nacional”, não vendo ser exatamente este o remédio para os problemas do país. É exatamente deste tipo de humor doentio que se alimentam todos os vírus das doenças que padece este país. É por não amar que tolera assistir sua pátria, sua vida, ser estuprada por tantas formas de abuso. Individualiza para si tais problemas e sonha em driblá-los, não resolve-los. Uma casa na Europa, um salário em dólar, “eu te amo” em outra língua.

Quem nos estupra é quem vemos no espelho. Sofremos pelo sofrimento que nós nos afligimos, não por um que apenas permitimos. O Brasil foi se foder e quem mandou foram os brasileiros.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

A Crise Existêncial como condição de Existência

Reclamo, logo existo. Afinal se pensar é a condição de existir, defina-me, então, pensar. Na indefinição do pensar, como definir a existência como tal? A resposta filosófica para uma dúvida filosófica é outra incógnita filosófica? Fácil resolver desta forma um problema, que se visto como matemático torna-se xERx = y*. Não é preciso nenhum tipo de brilhantismo matemático para saber que, se x = y, tanto faz x ou y em sua equação existencial. Explicando: se a condição de existência humana é pensar e na ignorância do ser do ‘pensar’, ‘existência’ continua igual a uma questão necessitando explicação.

Por outro lado, em termos humanos, ao contrário da matemática, nem tudo igual à outra coisa tem seu inverso também válido. Ou seja, x = y, sim, mas não y ≠ x. Por extenso, o que pensa, existe, mas nem tudo que existe, pensa. (Ironizando, nem todos que existem, pensam.) Então se a condição para a existência humana é o pensar de forma humana, o que é pensar, ainda mais como um humano?

O que todos os seres de nossa espécie têm em comum? Pensamos de formas diferentes, a respeito de coisas diferentes. Somos homens e mulheres, capitalistas e comunistas, honestos e corruptos, merecedores da e vida e indignos da mesma. Único fator formulado na mente humana, ‘pensado’, comum a todo indivíduo humano é a reclamação. Em nossos desejos, à parte fisiológicos, somos todos iguais na reclamação. Reclamamos, inclusive, do que nos leva à existência, fato não comparado pela natureza clássica. Talvez reclamar, não pensar, seja a condição de existência humana. Não reclamar de dor ou fome, como um cão, mas reclamar de algo abstrato, como a existência.

Talvez apenas a importância a fatores que não alterem a ordem natural da vida e sua indagação caracterizem a existência humana. Poderíamos reclamar da letal fome, como um animal, mas pensamos, também, a respeito de nossa existência que mesmo se gerada uma resposta, não parece driblar a morte ou perpetuar a espécie, instintos naturais básicos a todos os seres vivos.

Sim, penso, logo existo; mas reclamo, como humano, logo penso, como humano, logo existo, como humano.

Alguns indivíduos parecem não pensar de forma popularmente aceita como inteligente, mas todos em algum momento de suas vidas param para pensar, seu propósito, de onde viemos, em uma crise existencial. É comum ao ser humano reclamar de fatores não relacionados à sua existência como ser vivo, mas como indivíduo próprio dotado de algo, por falta de termo melhor, chamado alma. Talvez isso nos separe dos demais animais e esta crise caracterize a existência dada por “humana”.

* (x pertence aos números reais tal que x igual à y)

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Politicalha

E externa pela boca vômitos de palavras insólitas. Externa tanto que se a cabeça levanta pelos cantos da boca o vômito entorna. Tanto a quantidade que se impermeia as fissuras da sala, ela enche, de vômitos, de mentiras, e te afoga. Quantidade em marés de escândalos que se sucedem emporcalhando nossas roupas com resquícios do que um dia foi alimento, agora vomitado, rumo ao caminho das fezes.

Hipocrisia, demagogia. Loucura que extravasa o limite da psiquiatria, psicologia. Mente aos olhos daqueles que te elegem, limpa sua baba, da boca que não cala, na flâmula profanada cujo tal você, inevitavelmente meu irmão, também é filho.

Venda teu ânus pelo dinheiro, mas não roube o que é brasileiro. Abarrota o meio das nádegas de cédulas e moedas e as caga, de cócoras, escondido no banheiro. Tua mente, ética, estirpe de sanitário, volte-as ao sanatório e só traga-nos novamente esta merda quando for para adubo da suja flor do túmulo teu, policalha.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Yeah!

Que coisa, não? Já estou pondo outro post em tão curta vida deste blog. O que posso dizer? Há muitas coisas acontecendo sucessivamente aqui.

Hoje algo que eu queria, eu queria muito, como eu queria, aconteceu. Aconteceu pouco tempo depois de a necessidade surgir, verdade, mas aconteceu. Aconteceu de forma tão repentina, tão inesperada, que eu relutei em acreditar. Sabe quando você se prepara para o pior, prende a respiração, toma fôlego para mergulhar e, de repente, não precisa mais? A má fase passa e o pesadelo vira somente susto? Pois é, foi assim. Deve ser como ganhar na megasena acumulada, você vê os seus números, mas demora em acreditar que conseguiu.

Enfim, é engraçado. É algo que eu tenho há algum tempo, perdi, senti falta e voltou. De certa forma poderia dizer que voltou a ser como era antes, mas não vejo assim. É como uma experiência de quase morte: em teoria não muda nada, mas na verdade muda tudo. É como se você ganhasse uma segunda chance, pudesse morrer e voltar, tentar de novo.

Talvez as especulações imobiliárias façam com que alguns prédios deixem de ser construídos e se invista mais na reforma dos já existentes. Afinal, às vezes a melhor casa nova é a sua, redecorada. Para que olhar para fora quando aquilo que mais queremos já está lá dentro, contigo?

Olhe de fora

É impressionante como as coisas podem ser. Eu sento na mesma cadeira do lado da mesma janela há anos, pintado sempre o mesmo quadro de prédios que escondem o horizonte e o único movimento visível de nuvens acinzentadas cruzando os céus. Só daqui, sentado, olhando por minha janela, eu posso ver dezenas de outras janelas, dezenas de outros lares. Sei que a cada lar, uma situação, uma vida, mas morbidamente eu nunca vejo ninguém nessas janelas. São como se fossem dezenas de rostos sem face, dezenas de pessoas que não estão lá, dezenas de lugares vazios.

Posso dizer que todo ano erguem um novo edifício à vista de minha janela. Passo alguns meses vendo seus construtores, os operários distantes, pequeninos como formiguinhas, quase sem identidade, como se eu pudesse esmagá-los com os dedos. E ao fim, terminada a obra, mais um prédio, mais inúmeras janelas, mais saber que tem alguém em sua ausência, saber que pessoas existem mesmo sem vê-las, saber que há mais um personagem anônimo no quadro de minha janela.

Como se pode mudar um quadro já pintado? Eu já mudei de endereço desde que cataloguei esta situação, mas ela torna a se repetir. Torna a se mostrar miseravelmente a mesma. É possível que parem de construir mais deles, que eles se movimentem, que tenham vida? Eu estou vendo os prédios errados, de forma errada? Será esta uma sina normal a todos os seres humanos e apenas estarei eu dramatizando demais?

Eu queria poder derrubar prédios. Eu queria poder ter a força de um tufão. Arruinar a cidade e seus bairros, trazendo todo o concreto e tijolos ao solo. Queria poder limpar mais uma vez a terra de seu asfalto, reduzir novamente à areia e pedras as obras, revirginar a paisagem que eu poderia estar vendo de minha janela e então, aí sim, recomeçar o serviço das formiguinhas, pedaço por pedaço, parte por parte, casa por casa, ocupando cada janela e sem subir edifícios em número ao ponto de cobrirem o horizonte.

Talvez eu nunca derrube prédios, talvez eu nunca veja vida nas janelas. Talvez a cidade lá fora seja autônoma e imutável. Mas pensando bem, oras então, talvez eu remobilhe meu quarto e repinte as paredes! Enfim, esta janela vive! Não é porque lá vora está um caos que precisa estar aqui dentro também! Eu tenho as coisas e pessoas que quero, eu tenho as coisas e pessoas que eu amo, afinal, elas estão dentro de casa, não em uma janela lá fora.

O Dinheiro e a Química

Belo dia 20 de agosto em plena aula de química, chamou-me a atenção a semelhança da matéria dada pelo professor, velocidade de reações, e um tema bem mais mundano, o dinheiro. Apesar de ser uma matéria simples, muitos ainda não conseguem entender por falta de visão abstrata. Bem, quando você perceber que os quatro agentes que influenciam na velocidade de uma reação são os mesmos quatro que esvaziam o seu bolso ficará fácil.


1º- Superfície de Contato

Da mesma forma que uma substância dividida em pedaços menores reage mais rápido, assim também é o dinheiro. Por exemplo: quanto dura uma nota de 50 reais e quanto duram cinco notas de 10 reais? A pior coisa que pode acontecer para quem pretende economizar é ter suas notas de maior valor divididas em notas menores. É o início do fim!

Eu posso passar dias, semanas, com uma notinha de cinquenta guardada na carteira sem nunca tocar nela, somente lidando com trocados, mas no maldito dia em que eu usar aquilo para pagar algo e reduzi-la em pequenas cédulas de menor valor... Foi-se! Inexplicavelmente surgirão milhares de situações e necessidades clamando por um real aqui, dois ali, cinco acolá... E quando me der por conta... ACABOU!

Isso tudo, claro, em se tratando de cédulas, não moedas. Se você acha que não conseguiria gastar um milhão de reais e apenas um dia experimente ter um milhão em moedas. Só o que você vai perder caindo do bolso e tento preguiça de se abaixar e pegar será o suficiente para comprar um carro importado.


2º- Natureza dos Reagentes

Na química, quanto maior o número de ligações entre os átomos, mais difícil será a reação. Com o dinheiro isso se traduz na sua ligação com sua proveniência: salário, ganho, economizado, achado, etc. Mas, em relação à química, é inversamente proporcional! Quanto maior a sua ligação com a fonte de renda mais fácil será para o dinheiro desaparecer!
Pense. O quanto dura aquele dinheiro que de vez em quando você ganha de seus pais? Até que rende bem, não? Dá para sair de noite, comprar o que esta faltando, comprar uma bobagenzinha e ainda sobram uns trocados. Mas, agora, quanto dura o salário?! Não dura nada! Você recebe 50 reais de seus pais, mas o seu salário de muitas vezes isso parece que não rende nada! Se você pensar em sair de noite, comprar o que esta faltando, uma bobagenzinha e ainda sobrar troco com o seu salário, esqueça! O que você vai conseguir é uma depressão até o início do próximo mês!

E o dinheiro economizado, então? Dias, semanas e até meses economizando o troco de qualquer coisa para juntar um graninha legal e quando você vai gastar... PUF! Em compensação aquela nota de cinco reais que você achou na sarjeta já está criando mofo na carteira!
Em resumo. Quanto maior o seu apego com o dinheiro, mais fácil ele irá embora.


3º-Temperatura

Este caráter químico a maioria é capaz de assimilar. Quanto mais quente, mais rápida a reação, quanto mais frio, mais lenta. E com o dinheiro? Bem, quanto mais quente, mais rápido é gasto, quanto mais frio, também mais rápido é gasto!

Desista. São nos extremos de temperatura que você mais gasta seus pobres mangos, pilas, contos e semelhantes. Seja no calor com uma gelada ou no frio com um vinho. Seja para encher a cara de sorvete ou para comer um crepe.

No calor você vai querer sair toda noite porque uma temperatura assim nesta hora é convidativa. No frio você não vai querer sair de noite? Claro que não! Mas vai de vez em quando para o shopping! Daí ferrou do mesmo jeito! E além do mais vinho, uísque e conhaque custam muitos mais do que cerveja!

Enquanto no calor você vai gastando pouco, mas continuamente, no frio você gasta muito, mas mais intercaladamente. A solução talvez fosse uma temperatura mais amena, não? Que nada, daí você junta os dois e daí que ferrou de vez!


4º- Catalisador

Provavelmente tanto na química quanto no dinheiro o fator com maior capacidade de acelerar as coisas é o catalisador. Na química o catalisador é uma substância que adicionada a reação faz com que essa aconteça mais rápido, até muito mais rápido. No dinheiro também temos diversos catalisadores que corroem nossos bolso: amigos, namorada, álcool, férias, fim de semana, feriado, etc, etc, etc².

Eu já desisti. Sempre que você está tentando economizar alguma coisa aparece aquele teu amigo corno chamando para ir num lugar que você não estava morrendo de vontade até o convite aparecer. Você está com o bolso pesado da grana e é só sair uma ou duas vezes com seu par que, pronto, tá levinho, levinho. Você decide tomar somente um chope, e lá vem o segundo, então aquela dose cara de uísque e bêbado tudo fica mais barato. Você passou um tempão economizando, poupando, para no primeiro bom fim de semana sumir tudo. E isso tudo com cada um dos muitos possíveis catalisadores agindo individualmente, o que é raríssimo, geralmente eles se somam! Pense nos feriados prolongados em que você sai para tomar umas com os amigos! Haja força de vontade e concentração!


Concluindo

ESTAMOS TODOS FERRADOS!
Ah, qualé? Depois disso tudo não preciso escrever uma conclusão. Isso aqui não é texto de jornal ou vestibular. E de qualquer maneira a conclusão seria só uma forma mais sugestiva de dizer isso, mesmo.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Escrevendo

Hoje criei o meu blog. Depois de tanto tempo dizendo que iria criar, com vários motivos a favor, eu finalmente o fiz. Bem, na verdade, para ser sincero, refiz. É que o primeiro teve uma meia-vida de um minuto: um minuto para criar, um minuto para apagar.

Não faço a mínima idéia do que será escrito aqui. Mentira, faço sim. A questão é que sempre gostei de escrever, mas quase nunca me senti confortável em mostrar. Eu escrevia e escondia, sem mostrar para ninguém, e isso me agoniava. Esses textos secretos predecessores, ainda em papel, eram uma forma de desabafo pessoal, sem qualquer intenção de testemunhas. Era uma época que eu não tinha muito com quem falar então, bem, falava comigo mesmo, no papel, geralmente na forma de versos.

Tempos modernos, agora. O que eu já havia escrito foi-se. Felizmente para nunca mais voltar. Como eu não tinha coragem de jogar fora, ficava arquivando, alguém de confiança, a única pessoa para quem mostrei, o fez por mim. Aleluia, irmão! Vida nova! Posso recomeçar a escrever do zero e daqui a cinco anos peço para alguém apagar o meu blog para mim!

Ah, antes de terminar, só deixar claro. Nem tudo são bons ânimos com este blog. Estou numa sensação pós-apocalíptica literária de tudo destruído e reconstruindo do zero.
Goste eu ou não, escrevia e guardava aqueles textos desde outubro de 2004 e funcionavam como uma espécie de álbum de fotografias para mim, com memórias de situações que passei; raríssimas boas memórias, que fique claro. Me machucavam, era melhor sumir, mas, sabe, é como autorizar amputar sua perna gangrenada.

Agora, reboot, reset, restart, try again, continue, one more credit. Quero fazer as coisas como eu deveria ter feito. O que passou, passou, e como diria aquele canal Boomerang, “o que é bom, volta”, logo não quero ter medo.

Pedra e água

É impressionante como as coisas podem mudar. Como você pode ser pedra num dia e água no outro. Como às vezes você se sente horrível, como um peixe suspenso no ar pelo anzol, mas pior ainda quando se desprende deste anzol e fica em queda livre.

Eu cometi muitos erros, sim. Erros demais para uma vida de 21 anos ou, pelo menos, para a minha vida de 21 anos. Sempre existe aquele papo de gente que não anda, com problemas piores que os seus. Só que o tamanho do problema dos outros não tornam os seus próprios prolemas menores na dimensão da sua vida. Desde que me conheço por gente madura, isto é, tomando decisões por conta própria, eu erro. Na verdade começou bem cedo, na fase da inocência, quando algo horrível que fiz tornou-se uma sombra em minha consciência. Sombra, esta, hoje já apagada, mas a inauguração de um verdadeiro off - road de erros e tropeços.

Sabe, eu sempre quis saber: quantos erros pode cometer um indivíduo dentro da fase do tolerável? Existe uma fase tolerável? Se sim, quando ela começa, quando ela termina? Como se livrar de um vício de nunca fazer nada direito? É possível perdoar-se? Não culpar-se e confiar cegamente em si mesmo novamente, ou ao menos, uma primeira vez?

Quantas perguntas e nenhuma resposta. É como naquele comercial que diz que são elas, as perguntas, e não as respostas, que movem o mundo. Bom, eu sempre tive dúvidas e cá estou, acabado. Está na hora de adquirir algumas respostas e menos perguntas.