domingo, 13 de setembro de 2009

O clássico "desculpa de aleijado é muleta"

Quantos brasileiros possuem sonhos ufanistas? Quantos sonham, como eu, com uma fama política, ser sinônimo de honestidade e competência, como se pudesse um dia ser o próximo nome lembrado na história como um dos grandes líderes da humanidade? Quantos mais querem seu legado escrito em livros de história e não em estúpidas revistas que vendem a fama de músicos, cantores, esportistas e modelos vulgares que para nada de real servem para as próximas gerações deste país e do mundo?

Nossas atuais celebridades, ícones no Brasil, são em sua imensa maioria ridículos fetiches sexuais que quase todas as pessoas parecem cobiçar. O sóbrio líder político em seu terno negro e cabelos brancos não parece despertar a atenção de uma mídia promíscua que vende a imagem do corpo, não do homem, perfeito. Faz-nos querer ser como uma top model estúpida ou um charlatão ator e não como um ser humano firme. Enche o coração do brasileiro de obscenidades e não o cativa para a cidadania, gerando esta sociedade burra e estuprada.

Quantos de nós numa multidão orgulha-se de expor em seu peito, seus objetos, a flâmula nacional, ostentando o orgulho por sua pátria, como se lamentasse pela sina daqueles que aqui não nasceram. Utopia minha isto seria se não fosse o que é visto em países consagradamente bem-sucedidos.

O brasileiro médio ri e condena-se ao rir de “nacional”, não vendo ser exatamente este o remédio para os problemas do país. É exatamente deste tipo de humor doentio que se alimentam todos os vírus das doenças que padece este país. É por não amar que tolera assistir sua pátria, sua vida, ser estuprada por tantas formas de abuso. Individualiza para si tais problemas e sonha em driblá-los, não resolve-los. Uma casa na Europa, um salário em dólar, “eu te amo” em outra língua.

Quem nos estupra é quem vemos no espelho. Sofremos pelo sofrimento que nós nos afligimos, não por um que apenas permitimos. O Brasil foi se foder e quem mandou foram os brasileiros.

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