domingo, 13 de setembro de 2009

Estou sentado no escuro no assoalho,
vendo no tempo uma linha de formigas,
carregando os pedaços de minha vida,
para um formigueiro que nem sei a onde é que fica.

Nesses pedaços eu vejo momentos,
mutilados fora de seus dias.
Nesses momentos eu vejo rostos,
mutilados fora de seus corpos.

Eu vejo no fim da fila um buraco fundo,
que os insetos adentram para o fim do mundo,
ampulhando os grãos de minha vida,
vida minha que foi deserto.

Eu me pergunto a onde está você agora.
Por entre alguma das pinças de quitina,
ou escaldando nas areias do meu Saara?

Eu me pergunto o que será de nós agora,
que o desapego desta hora,
assim não muda o que eu sinto agora.

Sou caminho sem destino,
ou Portugal sem caravela,
sou labirinto quando você chora.

2 comentários:

  1. Oi Victor,
    Parabéns pelos textos.
    Gostei muito.
    Quase nem cheguei a ler devido ao seu "pedido" p/ deixar o blog em paz.
    Mas que bom que não dei bola.
    Muito bem escrito.
    Vou seguir. Posso?

    Ah! E vai lá me conhecer:

    http://www.pensoemtudo.blogspot.com/

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  2. Cra seu blog é show. not°10 desejo muito sucesso em sua caminhada e objetivo
    Um grande abraço
    http://maximumforma.blogspot.com/

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