segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Escrevendo

Hoje criei o meu blog. Depois de tanto tempo dizendo que iria criar, com vários motivos a favor, eu finalmente o fiz. Bem, na verdade, para ser sincero, refiz. É que o primeiro teve uma meia-vida de um minuto: um minuto para criar, um minuto para apagar.

Não faço a mínima idéia do que será escrito aqui. Mentira, faço sim. A questão é que sempre gostei de escrever, mas quase nunca me senti confortável em mostrar. Eu escrevia e escondia, sem mostrar para ninguém, e isso me agoniava. Esses textos secretos predecessores, ainda em papel, eram uma forma de desabafo pessoal, sem qualquer intenção de testemunhas. Era uma época que eu não tinha muito com quem falar então, bem, falava comigo mesmo, no papel, geralmente na forma de versos.

Tempos modernos, agora. O que eu já havia escrito foi-se. Felizmente para nunca mais voltar. Como eu não tinha coragem de jogar fora, ficava arquivando, alguém de confiança, a única pessoa para quem mostrei, o fez por mim. Aleluia, irmão! Vida nova! Posso recomeçar a escrever do zero e daqui a cinco anos peço para alguém apagar o meu blog para mim!

Ah, antes de terminar, só deixar claro. Nem tudo são bons ânimos com este blog. Estou numa sensação pós-apocalíptica literária de tudo destruído e reconstruindo do zero.
Goste eu ou não, escrevia e guardava aqueles textos desde outubro de 2004 e funcionavam como uma espécie de álbum de fotografias para mim, com memórias de situações que passei; raríssimas boas memórias, que fique claro. Me machucavam, era melhor sumir, mas, sabe, é como autorizar amputar sua perna gangrenada.

Agora, reboot, reset, restart, try again, continue, one more credit. Quero fazer as coisas como eu deveria ter feito. O que passou, passou, e como diria aquele canal Boomerang, “o que é bom, volta”, logo não quero ter medo.

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