sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Reciclagem

Comecei agora um processo de reciclagem literária. Muitas vezes eu escrevo algumas frases em alguns textos que não ficam bem no conjunto. Vou começar a tentar pegar essas frases, ou idéias, chame como quiser, e reescrevê-las noutros textos, tentando melhor encaixá-las e produzir uma obra melhor.

Aqui tenho alguns versos de dois textos que, no todo, não gostei. Tentarei reaproveitá-los melhor, mas, enquanto isso, já ficam por aqui. Provavelmente quem os lê-los agora, os lerão novamente no futuro, mas sem garantias. O que sentia quando os escrevi já não da mesma forma sinto agora e vai saber daqui para frente.


(...)
E tuas mãos ágoras soltas,
com tanto espaço por entre teus dedos,
que pelos meus não mais é preenchido.
Toda vez agora tarde da noite,
o silêncio da ausência de um desejo,
seja de um bem durmas,
de juras de um amor desfeito.
Com quem teus olhos agora cruzará?
Passará pelo vácuo, morto no espaço,
ou criará em mim a inveja insone?
(...)
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(...)
Então todas as promessas fracassam,
todas as afirmações viram mentiras,
o que era sonho torna-se negro,
e as ilusões, assim se concretizam.
Já se mostram os danos que não se reparam,
as feridas que novamente sangram,
o mundo adorna-se de choramingos,
o amor necrosa.
(...)
Os rostos unidos no retrato,
que eu agora tido do meu quarto,
mais uma parte de mim que eu mato.

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