sábado, 31 de outubro de 2009

Êeee! Poeta maldito!!!

O sangue que escorre de teu rosto,
escorre de uma ferida aberta e enegrece,
necrosa, leva teu rosto.
Maqueia tua face como a face do demônio,
faz de ti títere da própria maldade,
tortura, destrói, adorna de chagas.

Estás perdido.
Teu rosto agora já jaz enterrado,
perdido num espelho em algum lugar quebrado,
e feriu, e sangrou, e apodreceu.
Tu és morte, dor e sofrimento.
Hoje tu és o cadáver,
fantoche da própria morte.

E quando achar que nada resta,
tudo já se encontra putrefato,
ainda resta o que se decompor:
a tua memória que o tempo tomou.
Tu és morto, rapaz.
O que é teu, agora é dos vermes.

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